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domingo, 30 de janeiro de 2011

A sociedade da necessidade

Quando me propus a manter um blog, resolvi manter uma linha anticapitalista (apesar do nome remeter ao início do capitalismo financeiro).Isso implica diretamente em atacar nossa sociedade capitalista (por culpa do golpe de 64 ainda o somos).
Um ponto interessante é o quanto a sociedadecria necessidades. Nos últimos dois séculos, a ciência tem progredido muito, em especial nos campos da mecânica e elétrica (principalmente eletrônica). E a função mais nobre da ciência é melhorar  vida humana. Uma das formas encontradas é facilitar as tarefas a serem realizadas. Entretanto, a sociedade capitalista acaba mudando isso, transformando o que a ciência cria em produtos de mercado e necessidades absolutas.
Marconi, Bell, Morse e Tesla (meu ídolo) trabalharam muito para a melhoria das comunicações, criaram o telégrafo, o telefone e o rádio. Mas nenhum deles almejava a exploração desenfreada de suas criações. Há 100 anos, quase ninguém sonhava em ter um telefone em casa. Hoje não conseguimos desgrudar do celular.
E aí está a chave do post. Nós realmente precisamos disso? Muitos dirão que sim, que na sociedade moderna tudo isso é necessário. Mas somos realmente tão modernos? Qual a diferença entre nós e as pessoas de 20 anos atrás? O que faz com que eles tenham conseguido viver tão bem sem celulares e nós não conseguimos largar o nosso por um dia que seja?
Dir-se-á que é a força do hábito que nos impele a isto. Sim, mas de onde vem este hábito? Ele vem de uma necessidade real ou é fruto da necessidade capitalista de consumir? Este hábito foi criado pelas empresas de tecnologia, que sabem que não é uma extrema necessidade, mas o promovem como tal. Porque vender coisas não tão úteis dá lucro.

E idem para computadores e internet...

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